História da Transat Jacques Vabre

Desde 1993, a Transat Jacques Vabre se tornou a mais longa regata transatlântica, disputada em duplas,a cada dois anos.Desde então, vem entusiasmando o público por onde passa ao receber velejadores de renome da vela mundial e consolidando parcerias em torno de um mesmo propósito. A receitaé simples: um grande evento que tem como pano de fundo um percurso histórico – a rota de comércio do café. Uma prova que mistura tradição e desafio.

2021

Vencedores

2019
52 barcos em Salvador (BA)

Maior regata do mundo em duplas teve ao todo quase 25 dias de travessia desde a cidade francesa de Le Havre 

Os últimos barcos a concluir a Transat Jacques Vabre Normandie Le Havre chegaram na manhã desta quinta-feira (21) a Salvador (BA).

Os veleiros Equipe Voile Parkinson e Terre Exotique, ambos da Class40, concluíram o percurso de 8 mil quilômetros em  25 dias.

A maior regata em duplas do mundo largou de Le Havre, na França, em 27 de outubro trazendo ao todo 59 veleiros de três classes, um recorde para a competição.

“A regata Transat Jacques Vabre Normandie Le Havre cumpriu seu objetivo oferecendo aos velejadores oportunidade de competir em um dos percursos mais duros da vela oceânica. O número recorde de barcos e as poucas quebras (apenas sete) mostrou também que as duplas estão cada vez mais preparadas e os veleiros seguros”, disse Flavio Perez, porta-voz da Transat Jacques Vabre Normandie Le Havre.

Todos os 104 velejadores de vários países e mais integrantes da equipe e familiares foram recepcionados no Porto Salvador Marina, loca que fica atrás do Mercado Modelo.

O primeiro barco a chegar a Salvador (BA) foi o Multi50 Groupe GCA Mille et un sourires, que fez o percurso em. Ao todo três veleiros desta categoria de multicasco correram a Transat Jacques Vabre 

Na classe IMOCA, a mais badalada da vela oceânica mundial, a vitória ficou com o Apivia. 

O campeão na Class40 entre os 27 que saíram de Le Havre foi o Credit Mutuel.

“Os velejadores mais uma vez aprovaram a competição, que foi coroada com chegadas em um visual maravilhoso na Baía de Todos-os-Santos. A recepção do brasileiro também foi aprovada pelos navegadores”, completou Sébastien Tasserie. 

A próxima edição da Transat Jacques Vabre Normandie Le Havre será realizada em 2021. O local será anunciado no ano que vem.

O Brasil já sediou por oito vezes a regata em duplas pelo Atlântico. A capital baiana recebeu por seis vezes e a catarinense Itajaí por duas. A prova já desembarcou também na Colômbia e na Costa Rica. 

Os baianos agora se preparam para receber mais um campeonato internacional. Em 2020, a base naval de Aratu sediará o Mundial da Juventude da World Sailing. As regatas serão para atletas de até 19 anos e reunirá mais de 80 países.

Vencedores

Class40 : Crédit Mutuel - Ian Lipinski et Adrien Hardy (17d 10h 21mn 23s)

Multi 50 : Groupe GCA - Mille et un sourires - Gilles Lamiré et Antoine Carpentier (11d 17h 54mn 41s)

IMOCA : Apivia - Charlie Dalin et Yann Eliès (13d 12h 8mn)

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2017
Dispostos ao tudo ou nada…

É dada a largada em Le Havre no domingo, 5 de novembro, às 13h35. As condições meteorológicas se anunciam quase perfeitas, feitas sob encomenda: vento frontal logo na saída, uma rápida descida pela costa ibérica, quase nada de vento nos Doldrums e uma nova aceleração na reta final. Condições ideais para uma 13ª edição da Transat Jacques Vabre ser emocionante. E ela foi não só para o público, mas também para as 37 duplas participantes: 15 Class40, 6 Multi50, 13 IMOCA e 3 Ultime.

Class40: Foram 14 mudanças na primeira posição em 17 dias de prova, um tempo de referência reduzido em mais de 5 dias e uma mísera diferença de 18 minutos entre os primeiros colocados. Uma coisa é certa: a apreensão foi até o último momento, quando V and B se deu melhor para cima do Aïna Enfance et Avenir. Líderes em mais da metade do trajeto, a equipe do Imerys Clean Energy não conseguiu segurar os ataques dos dois concorrentes na zona de ventos alísios de sudeste.

Multi50: Lalou Roucayrol, ao lado de Alex Pella como co-skipper, fechou essa 13ª edição da Transat Jacques Vabre acumulando 9 participações e sua primeira vitória. Largando em Le Havre na liderança e avançando com força total, a dupla confirmou as expectativas de favoritismo, assim como Erwan Le Roux e Vincent Riou a bordo do FenêtréA – Mix Buffet. No restante do trajeto, as duas duplas ainda travaram uma batalha emocionante se revezando na primeira colocação.

IMOCA: Aos 52 anos, Jean-Pierre Dick, ao lado de Yann Eliès, lacrou nada mais, nada menos do que a sua quarta vitória na Transat Jacques Vabre. O velejador com o maior número de vitórias na história da Rota do Café. Na largada, eles eram 6 barcos da classe IMOCA no páreo pela primeira colocação, mas à medida que as condições foram se tornando mais difíceis, os potenciais adversários da dupla caíram um a um. No pódio, SMA foi segundo e Des Voiles et Vous ! terceiro, duas jovens equipes que não conseguiram frear o ritmo de prova incrível imposto pelo St Michel-Virbac.

Ultime: A bordo do Sodebo Ultim’, Thomas Coville e Jean-Luc Nélias ditaram o ritmo na chegada em Salvador da Bahia. Verdadeiros predadores na disputa desde o canal da Mancha, passando pelo Golfo de Biscaia até a chegada nas ilhas Canárias, eles assumiram o comando da classe sem deixar a menor chance de recuperação para a dupla Sébastien Josse et Thomas Rouxel na passagem pelo arquipélago de Cabo Verde.

Vencedores

Class40: V and B - Maxime Sorel & Antoine Carpentier (17d 10h 44min 15s)
Multi50: Arkema - Lalou Roucayrol & Alex Pella (10d 19h 14min 19s)
IMOCA: St Michel-Virbac - Jean-Pierre Dick & Yann Eliès (13d 7h 36min 46s)
Ultime: Sodebo Ultim’ - Thomas Coville & Jean-Luc Nélias (7d 22h 7min 27s)

2015
Duelo de titãs

Quarenta e duas duplas se lançam no dia 25 de outubro no litoral de Le Havre em direção à Itajaí. Eles são 14 Class40, quatro Multi50, 20 IMOCAs e quatro Ultimes. As condições meteorológicas são extremas e a regata vê seu recorde de quebras e abandonos em 2015.

Pela Class40, a vitória só é decidida na linha de chegada. Logo nas primeiras milhas, Yannick Bestaven e Pierre Brasseurlideram o grupo, mas logo veem a vantagem aberta se reduzir a poucas milhas sobre os demais na passagem pela Linha do Equador. A partir daí, os franceses só respiram aliviados depois de cruzarem a linha de chegada em Itajaí, duas horas de diferença dos concorrentes Maxime Sorel e Samuel Manuard.

Pela Multi50, Erwan Le Roux crava a sua terceira vitória na história da Transat Jacques Vabre a bordo do mesmo barco. Desta vez, écom o italiano Giancarlo Pedote que ele divide o cockpit de seu trimarã.

Entre IMOCAs, o espetáculo fica por contado duelo entre os antigos monocascos e os novos modelos equipados com fólios (estrutura de carbono que permite ao barco flutuar em cima da água). Até a chegada aos Doldrums (área perturbada por ventos alísios inconstantes), é o novíssimo barco de Armel Le Cléac’h e Erwan Tabarly quem leva a melhor, mas assim que a flotilha passa pela Linha do Equador e se aproxima da costa brasileira, o surpreendente barco da antiga geração comandado por Vincent Riou e Sébastien Col retoma a dianteira até Itajaí. Com o resultado,Vincent Riou se torna bicampeão da Transat Jacques Vabre.

Pelos Ultime, a regata se transforma em um duelo entre François Gabart ePascal Bidégorry contra Thomas Coville e Jean-Luc Nélias, que terminam respectivamente em primeiro e segundo lugares.

Vencedores

Class40 – Barco:Le Conservateur – Skippers : Yannick Bestaven e Pierre Brasseur (24 dias, 8h e 10min)
Multi50 – Barco:FenêtréA Prysmian–Skippers: Erwan Le Roux e Giancarlo Pedote (16 dias, 22h e 29min)
IMOCA – Barco: PRB –Skippers: Vincent Riou e Sébastien Col (17 dias, 00h e 22min)
Ultime – Barco: Macif –Skippers: François Gabart e Pascal Bidégorry (12 dias, 17h e 19min)

2013
Retorno ao Brasil

O mau tempo que se estende entre o Canal da Mancha até o Golfo de Biscaia obriga a organização da regata a adiar a largada e a organizar uma parada técnica pela primeira vez como medida de segurança. O porto, em Roscoff, é estratégico para que os 26 barcos da Class40, seis barcos Multi50, 10 IMOCAs edois Mod70 retomem a prova na sequência do pit stop.

Uma vez passada a grande depressão logo nas primeiras milhas, a navegação segue tranquila rumo ao mais novo destino da competição – a cidade de Itajaí, em Santa Catarina, no Sul do Brasil.

Apesar das condições adversas, os menores barcos, da Class40, fazem uma prova espetacular. Sébastien Rogues e Fabien Delahaye são os primeiros a chegar pressionados pelos espanhóis Alex Pella e Pablo Santurde e pela dupla franco-alemã Jörg Riechers e Pierre Brasseur.

Entre os Multi50, Erwan Leroux e Yann Eliès seguem a todo vapordurante a maior parte do percurso e só reduzem o ritmo próximo ao litoral do Rio de Janeiro. Daí em diante, eles só gerenciam a vantagem construída até a chegada em Itajaí.

Pelos IMOCAs, são os franceses Vincent Riou e Jean Le Cam que vencem com quatro horas de diferença com relação aos segundos colocados, os também franceses Marc Guillemot e Pascal Bidégorry.

Já na classe Mod70,a dupla Sébastien Josse e Charles Caudrelier faz o inacreditável: termina o percurso de mais de cinco mil milhas náuticos entre Le Havre e Itajaí em apenas 11 dias de navegação, cinco horas a menos que Sidney Gavignet e Damian Foxall, segundos colocados.

Vencedores

Class40 – Barco: GDF SUEZ –Skippers: Sébastien Rogues e Fabien Delahaye (20 dias, 21h e 41min)
Multi50 – Barco: FenêtréA Cardinal –Skippers: Erwan Le Roux & Yann Eliès (14 dias, 17h e 40min)
IMOCA - Barco: PRB –Skippers: Vincent Riou e Jean Le Cam (17 dias, 00h e 41min)
Mod70 – Barco: Edmond de Rothschild –Skippers: Sébastien Josse e Charles Caudrelier (11 dias, 05h e 03min)

2011
Atraso estratégico

A largada para os 14 Class40, seis Multi50 e 13 IMOCAs é adiada em 74 horas na tentativa de evitar condições extremas na saída do Canal da Mancha.  O atraso, no entanto, não impede que três depressões seguidas provoquem um total de 15 abandonos entre todas as classes participantes.

Depois de um início difícil, os monocascos (Class40 e IMOCA) seguemdireto rumo à Costa Rica, enquanto que os Multi50 têm como passagens obrigatórias o contorno das ilhas de São Barth e Barbados.

Do lado dos Class40, Yannick Bestaven e Éric Drouglazet terminam o trajeto entre Le Havre e Puerto Limon em pouco mais de três semanas. Pelos Multi50, é a dupla Yves Le Blévec e o arquiteto naval Sam Manuard quem encontram o meio termo entre estratégia e resistência levando a melhor.

Já entre os IMOCAs, Jean-Pierre Dick escreve novamente seu nome na história vencendo mais uma vez a Transat Jacques Vabre. Desta vez, ele tem como companheiro de prova o também francês Jérémie Beyou, completando o percurso em menos de duas semanas.

Vencedores

Monocascos 40 – Barco: Aquarelle.com – Skippers: Yannick Bestaven e Eric Drouglazet (21 dias, 17h e 59min)
Multicascos 50 – Barco: Actual – Skippers: Yves Le Blevec e Samuel Manuard (17 dias, 17h e 07min)
Monocascos 60 – Barco: Virbac –Paprec 3 – Skippers: Jean-Pierre Dick & Jérémie Beyou (15 dias, 18h e 15min)

2009
Mudança de rumo

O Brasil sai de cena e a Costa Rica se torna o novodestino da travessia. Na prática, a regata ganha um novo percurso, que elimina a emblemática passagem da Linha do Equador e passa a incluir a paradisíaca chegada ao mar caribenho. São seis multicascos de 50 pés e 14 IMOCAs que se apresentam para a nova configuração de prova.

Além de atrativo, o novo percurso é também seletivo com os participantes à medida que uma forte depressão se instala em meio ao Atlântico Norte. A mãe-natureza não perdoa e se impõe eliminando parte da flotilha. Ao final, apenas dois IMOCAs “sobrevivem” na chegada até as Antilhas, tendo Marc Guillemot e Charles Caudrelier na liderança. Pelos Multi50, é novamente Franck-Yves Escoffier, acompanhado de Erwan Le Roux quem vence a edição.

Vencedores

Multicascos 50 – Barco: Crêpes Whaou! –Skippers: Franck-Yves Escoffier e Erwan Le Roux (15 dias, 15h e 31min)
Monocascos 60 – Barco: Safran – Skippers: Marc Guillemot e Charles Caudrelier (15 dias, 19h e 22min)

2007
Recorde absoluto

A Transat Jacques Vabre abre as suas portas para receber, pela primeira vez, a Class40 e seus 30 veleiros. Para completar, a flotilha conta ainda com 17 IMOCAs, oito multicascos de 50 pés e cinco multicascos da classe Orma. Juntos, eles somam 60 barcos, um recorde histórico de participações!

Contracenando um duelo intenso, os italianos Giovanni Soldini e Pietro d’Ali quase não cometem erros e vencem pela estreante Class40 à frente dos franceses Dominic Vittet e Thierry Chabagny.

Pela classe Multi50, Franck-Yves Escoffier, vencedor da edição anterior, leva mais uma vez o título ao lado da velejadora Karine Fauconnier.

Já entre os IMOCAs, Michel Dejoyeaux,acompanhado por Manu Le Borgne,leva a melhor na reta final ultrapassando Marc Guillemot e Charles Caudrelier. A dupla parece voar e abre vantagem de 45 minutos para cima dos segundos colocados nas últimas milhas.

Entre os multicacos de 60 pés, Franck Cammas faz história ao ganhar sua terceira Transat Jacques Vabre, desta vez ao lado deStève Ravussin. São necessários apenas 10 dias para a dupla cumprir o percurso.

Vencedores

Monocascos 40 – Barco: Telecom Itália – Skippers: Giovanni Soldini e Pietro D’Ali (22 dias, 13h e 02min)
Multicascos 50 – Barco: Crêpes Whaou! – Skippers: Franck-Yves Escoffier e Karine Fauconnier (15 dias, 22h e 27min)
Monocascos 60 – Barco: Foncia – Skippers: Michel Desjoyeaux e Emmanuel Le Borgne (17 dias, 02h e 37min)
Multicascos 60 – Barco: Groupama – Skippers: Franck Cammas e Steve Ravussin (10 dias, 00h e 38min)

2005
Forte turbulência

A emblemática edição de 2005 conta com 10 multicascos da classe Orma, 12 IMOCAs, seis monocascos de 50 pés e sete multicascos de 50 pés. Ela é, sem dúvida, uma das mais duras travessias da história da Transat Jacques Vabre, sendo marcada por uma terrível tempestade ao longo do Golfo de Biscaia que obrigada 10 equipes a abandonarem a disputa.

Pela classe Orma, Pascal Bidégorry e Lionel Lemonchois terminam a prova exaustos após duas semanas de intensa rotina a bordo, três horas apenas de vantagem em cima dos concorrentes, Fred Le Peutrec e Yann Guichard.

Nos monocascos, Jean-Pierre Dick e Loïck Peyron não deixam a vitória escapar, apesar da forte pressão da dupla Roland Jourdain eEllen MacArthur. Entre eles, apenas meia hora separa os vencedores dos segundos colocadosna chegada em Salvador!

Pelos trimarãs de 50 pés, Franck-Yves e KevinEscoffier,pai e filho respectivamente, vencem com o tempo de 12 dias de navegação.

Já entre os monocascos de 50 pés, a dupla Joe Harris e Josh Hall é quem termina campeã.

Vencedores

Monocasco 50 – Barco: GryphonSolo – Skippers: Joe Harris e Josh Hall (19 dias, 09h e 05min)
Multicasco 50 – Barco: Crêpes Whaou! – Skippesr: Franck-Yves Escoffier & Kevin Escoffier (12 dias, 06h e 13min)
Monocasco 60 – Barco: Virbac – Paprec – Skippers: Jean-Pierre Dick e Loick Peyron (13 dias, 09h e 19min)
Multicasco 60 – Barco: Banque Populaire – Skippers: Pascal Bidégorry e Lionel Lemonchois (14 dias, 01h e 46min)

2003
Disputa acirrada

Ao todo, são trinta e oito barcos amarrados em torno da Bacia Paul Vatine – batizada em homenagem ao lendário velejador desaparecido quatro anos antes. Eles se dividem em 14 multicascos da classe Orma, 17 IMOCAs, cincomonocascos de 50 pés e doismulticascos também de 50 pés.

Para os multicascos, a largada precisa ser adiada em quatro dias por conta de fortes rajadas de vento. Como recompensa por tanta espera, a direção de prova decide liberá-los da passagem obrigatória pela Ilha de Assunção e eles acabam cumprindo o mesmo trajeto previstos para os monocascos.

Pelos IMOCAs, a dupla Jean-Pierre Dick e Nicolas Abiven são os primeiros a cruzar a Linha do Equador e lideram a prova até a chegada ao Brasil. É atrás dos vencedores, no entanto, que se trava o duelo mais acirrado da travessia entre R. Jourdain e A. Thomson contraM. Golding e B. Thompson, que navegam as últimas milhas escoltados por um grupo de golfinhos tendo apenas 19 minutos de diferença no momento da chegada em Salvador.

Quanto aos trimarãs da classe Orma, é Franck Cammas e seu colega de cockpit Franck Proffit que levam a melhor chegando com mais de uma hora de vantagem em cima dos experientes Jean-Luc Nélias e Loïck Peyron.

Já entre os 50 pés, os britânicos não brincam em serviço! As duplas Conrad Humphreys ePaul Larsen e Rob Hobson e Alex Newman vencem, respectivamente, nos monocascos e multicascos.

Vencedores

Monocascos 50 – Barco: Hellomoto – Skippers:Conrad Humphreys e Paul Larsen (22 dias, 06h e 21min)
Monocascos 60 – Barco: Virbac – Skippers: Jean-Pierre Dick e Nicolas Abiven (17 dias, 15h e 18min)
Multicascos 60 – Barco: Groupama – Skippers: Franck Cammas e Franck Proffit (11 dias, 23h e 10min)

2001
Novos ares

A Colômbia passa a vez para o Brasil e Salvador substitui Cartagena tornando-se a cidade de chegada da travessia. Como consequência, o percurso passa a contar com a passagem pelos Doldrums, próximo à Linha do Equador, área conhecida por ventos inconstantes e por ser um verdadeiro quebra-cabeças da navegação. Além disso, a regata passa a cruzar, pela primeira vez, os dois Hemisférios.

Outra novidade no percurso é a Ilha de Assunção, ponto de passagem obrigatório para os 12 IMOCAs e os sete monocascos de 50 pés dentro das novas configurações da prova.

Os trimarãs da classe Orma se beneficiam de condições meteorológicas favoráveis e a dupla Franck Cammas e Stève Ravussin cumprem um tempo de prova excepcional chegando ao porto brasileiro com 3 horas e meia antes de seus concorrentes diretos Alain Gautier e Ellen MacArthur.

Já os IMOCAs não precisam contornar nenhuma passagem obrigatória pela direção de prova e têm unicamente a cidade brasileira na mira do percurso. Nesse contexto, Roland Jourdain e Gaël Le Cléac’h se consagram os vencedores chegando em Salvador com cinco horas de vantagem em cima de Mike Golding e Marcus Hutchinson.

Pelos monocascos de 50 pés, os britânicos Alex Bennet e Paul Larsen terminam no lugar mais alto do pódio.

Vencedores

Monocascos 50 – Barco: One Dream One Mission – Skippers: Alex Bennet e Paul Larsen (18 dias, 16h e 34min)
Monocascos 60 – Barco: Sill Plein Fruit – Skippers: Roland Jourdain e Gaël Le Cléac’h (16 dias, 13h e 23min)
Multicascos 60 – Barco: Groupama – Skippers: Franck Cammas e Steve Ravussin (14 dias, 09h e 03min)

1999
Gosto amargo

A Transat Jacques Vabre prevê duas provas diferentes para os 20 barcos participantes: oito multicascos Orma, 10 monocascosIMOCA e doismonocascos de 50 pés. Os monocascos devem cumprir um percurso de aproximadamente 4.500 milhas náuticas, enquanto que o percurso delimitado para os multicascos tem mais de 5.500 milhas náuticas. No meio do caminho, um infortúnio marca a travessia – umatempestade em alto-mar provoca o trágico desaparecimento do velejador Paul Vatine…

Na classe de multicascos Orma, Loïck Peyron e Franck Proffit são os primeiros a contornar a passagem obrigatória de Barbados. A partir daí, ninguém mais lhes tira a vitória. No lado dos monocascos da classe IMOCA, após liderarem o restante do percurso de ponta a ponta, Catherine Chabaud e Luc Bartissol se veem obrigados a fazer uma parada técnica para recuperar a vela balão. Thomas Coville e Hervé Jan não perdem a chance e os ultrapassam chegando primeiro em Cartagena.

Pelos barcos de 50 pés, a dupla Emma Richards e Miranda Merron é quem cruza a linha de chegada na frente dos demais.

Vencedores

Multicascos 50 –Barco: Pindar – Skippers: Emma Richards e Miranda Merron (25 dias, 07h e 54min)
Monocascos 60 –Barco: Sodebo – Skippers: Thomas Coville e Hervé Jan (19dias, 17h e 31min)
Multicascos 60 – Barco: Fujicolor – Skippers: Loïck Peyron e Franck Proffit (15 dias, 02h e 08min)

1997
Disputa acirrada

Trinta e seis velejadores encaram a terceira edição. São 18 barcos na linha de largada: seis monocascos da classe Orma, oito monocascos da classe IMOCA, dois multicascos de 50 pés e dois monocascos também de 50 pés.

Na classe Orma, os irmãos Laurent e Yvan Bourdnon se impõem e terminam o percurso com mais de um dia de vantagem em cima da dupla Paul Vatine e Jean-luc Nélias. Assim como Yves Parlier, ao lado de Éric Tabarly, pela classe IMOCA, superando a dupla M. Thiercelin e D. Wavre na classificação geral.

Do lado dos 50 pés, Hervé Cléris e Ronan Delacou se impõem entre os multicascos. Já nos monocascos, é a dupla Pete Goss e Raphaël Dinelli quem garante a vitória.

Vencedores

Classe Monocasco 50 – Barco: BMW Performances – Skippers: Pete Goss e Raphaël Dinelli (24 dias, 09h e00min)
Classe Multicasco 50 – Barco: Climat de France – Skippers: Hervé Cléris e Ronan Delacou (29 dias, 17h e15min)
Classe Monocasco 60 – Barco: Aquitaine Innovations – Skippers: Yves Parlier e Eric Tabarly (19 dias, 23h e 19min)
Classe Multicasco 60 – Barco: Primagaz – Skippers: Laurent Bourgnon & Yvan Bourgnon (14 dias, 07h e 37min)

1995
Dose dupla

O ano de 1995 marca a edição em que a regata passa a ser disputada em duplas. São 11 barcos participantes no total: seis monocascos e cinco multicascos que partem em direção a mais uma travessia pelo Atlântico ligando as cidades de Le Havre, na França, e Cartagena, na Colômbia.

As condições meteorológicas são favoráveis e em pouco mais de duas semanas o francês Paul Vatine escreve, mais uma vez, seu nome na história da regata – desta vez acompanhado de seuco-skipper Roland Jourdain.

Entre os monocascos, a dupla Jean Maurel e Fred Dahirel domina a prova do início ao fim e cruza a linha de chegada na Colômbia com mais de um dia de vantagem em relação a Jean-Ives Hasselin e Hervé Besson, segundos colocados.

Vencedores

Classe Monocasco 60 – Barco: Côtes d’Or – Skippers: Jean Maurel e Frédéric Dahirel (21 dias, 08h e 40min)
Classe Multicasco 60 – Barco: Région Haute Normandie – Skippers: Paul Vatine e Roland Jourdain (14 dias, 12h e 25min)

1993
Como tudo começou

Le Havre, porto cafeeiro francês por vocação, transforma-se no ponto de largada da primeira travessia em1993. Nasce, enfim, a maior regata transatlântica. No dia 31 de outubro, 13 velejadores em solitário a bordo de oito barcos monocascos e cinco barcos multicascos largam dando início a primeira edição da Rota do Café.

Entre osmulticascos, Paul Vatine e Laurent Bourgnon travam um duelo espetacular em meio a ventos alísios inconstantes após enfrentarem duras condições durante a largada. Dessa disputa, Vatine é quem se dá melhorterminando a prova em 16 dias e 46 minutos, exatamente uma hora e 17 minutos após o seu adversário. Isso mesmo! Ele cruzou a linha de chegada depois de Bourgnon, mas se beneficiou de 9 horas e 10 minutos de bonificação no tempo normal após uma das lanchas de assistência se chocar acidentalmente comseu barco.

Entre os monocascos, Yves Parlier faz uma passagem quase sem erros pela regiãodos Açores. Sem se precipitar, o francês contorna as zonas de alta pressão pelo sul do anticiclone atlântico e se distancia dos demais concorrentes. Depois de 18 dias, 23 horas e 38 minutos de navegação, ele vence a primeira edição da Transat Jacques Vabre entre os barcos monocascos.

Vencedores

Classe Monocasco 60 – Barco: Cacolac d’Aquitaine – Skipper: Yves Parlier (18 dias, 23h e 38min)
Classe Multicasco 60 – Barco: Haute Normandie – Skipper: Paul Vatine (16 dias, 00h e 46min)