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Campeão da Transat Jacques Vabre na Ultime chega ao Brasil com recorde

Campeão da Transat Jacques Vabre na Ultime chega ao Brasil com recorde

Maior regata transatlântica do mundo conhece seus primeiros campeões nesta segunda-feira (13). Barcos da Ultime devem completar o percurso em menos de oito dias. 

A regata Transat Jacques Vabre 2017 - maior prova transatlântica de vela do mundo - será marcada pelo recorde de percurso de 8 mil quilômetros entre a França e o Brasil, que deverá estabelecido pela dupla vencedora nesta segunda-feira (13). Os trimarãs voadores Sodebo e Edmond de Rotschild devem cruzar a linha de chegada, em Salvador, na Bahia, por volta de 9h (Horário de Brasília) e reduzir em quase dois dias a melhor marca obtida. Em 2007, na mesma Salvador, o Groupama 2 fez a regata desde Le Havre em 10 dias e 38 minutos. 

A diferença entre os dois é pequena, de apenas 70 quilômetros, e a aproximação à Baía de Todos-os-Santos terá papel decisivo. O líder atual Sodemo e o Edmond de Rothschild se revezaram na ponta desde a largada, em 5 de novembro, em Le Havre. 

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''A chegada a Salvador será com pouco vento. Certamente haverá pressão, mas para ganhar regata é preciso lidar com isso. Eles (Edmond de Rothschild) estavam mais rápidos no começo e tomamos a ponta dias depois. A regata é como uma prova de ciclismo, você não sabe quando o outro vai atacar'', disse Jean-Luc Nélias, skipper do Sodebo. A equipe foi vice-campeã em 2015. 

''Imaginamos estar na Bahia amanhã durante dia na parte da manhã, é isso que o GPS nos diz''.

Na vela, o primeiro barco entre todas as classes a cruzar a linha de chegada é chamado de Fita-Azul. E ter essa chancela é especial! Nas edições passadas - 2013 e 2015 - os primeiros no Brasil, mais precisamente Itajaí (SC), foram Edmond de Rothschild e Macif.

''Os barcos devem ficar atentos aos barcos pesqueiros na Baía de Todos-os-Santos e em toda a costa brasileira desde Fernando de Noronha. Tem que ter cuidado mais próximo à terra. Os velejadores também vão estar cansados pelo percurso difícil. É uma baía tropical e uma das mais belas do mundo, com condições de vento e clima favoráveis'', disse Márcio Cruz, presidente da Federação da Bahia de Vela.

Os veleiros das outras classes devem cruzar a linha de chegada nas próximas semanas. A Vila da Regata, que está ao lado do Terminal Turístico, ficará aberta ao público de 12 a 24 de novembro.

A Transat Jacques Vabre largou de Le Havre, na França, e passou por pontos de difícil navegação, como o Canal da Mancha, a Baía de Biscaia, a calmaria dos Doldrums e a chegada ao Brasil. A prova é disputada em duplas e para sempre num país produtor de café, por isso é chamada também de Rota do Café. São quatro classes em disputa: duas multicascos - Ultime e Multi50 - e duas monocascos: IMOCA e Class40.

As outras classes

A regata tem outras três classes competindo a todo pano em busca de mais recordes. Na Multi50, o FenétreA Mix Buffet segue liderando a flotilha com 65% do percurso percorrido. São cinco multicascos rumo ao Brasil e apenas um saiu da prova. O Drekan Groupe capotou na semana passada e ficaram de fora.

Na IMOCA, o St Michel - VIRBAC já percorreu 60% do caminho entre Le Havre e Salvador e é perseguido de perto por outros veleiros.

Barco brasileiro

A Transat Jacques Vabre tem mais uma vez um barco brasileiro. O Mussulo 40 Team Angola Cables compete na categoria Class40, a mais lenta de todas. A dupla Leonardo Chicourel e José Guilherme Caldas está em 13º lugar após ficar, na semana passada, mais de 24 horas parada pra arrumar problemas no veleiro.

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