Jovem dupla francesa é vice-campeã da classe IMOCA

O barco SMA é vice-campeão pela classe IMOCA na Transat Jacques Vabre em Salvador, na Bahia. O monocasco de 60 pés comandado por Paul Meilhat e Gwénolé Gahinet cruzou a linha de chegada na Baía de Todos-os-Santos no início da noite deste sábado (18). As jovens promessas da vela oceânica francesa completaram um total de 4.600 milhas náuticas entre Le Havre, no Norte da França, até a primeira capital do Brasil em um tempo de 13 dias, 13 horas, 58 minutos e 03 segundos. A média de velocidade imposta pela dupla foi de 14,11 nós.

Apenas seis horas atrás dos concorrentes do St Michel-Virbac, Paul e Gwénolé garantiram oficialmente o segundo lugar pela classe IMOCA às 23h33 (hora local). “Durante essas últimas milhas, eu e o Paul conversamos sobre as nossas chegadas de regatas. Eu, particularmente, sobre a minha chegada aqui em Salvador. Muitas lembranças me vieram à mente. É sempre muito forte e marcante uma chegada aqui”, comenta Gwénolé, vencedor da Mini Transat em 2014, prova em solitário também entre a França e a cidade de Salvador.

Embora inexperientes na Transat Jacques Vabre, essa não é a primeira vez que a dupla Paul e Gwénolé apresenta bom resultado em regatas disputadas com apenas dois velejadores a bordo. Juntos, eles venceram a Transat AG2R em 2014, além da Rolex Fasnet Race e da Armen Race em 2017. Uma parceria que deu certo mais uma vez e terminou com pódio em Salvador.

“Essa chegada à noite foi demais. Tinha uma vista incrível do barco entrando na baía”, conta Paul. “A gente soube que provavelmente não teria mais volta na saída dos Doldrums [quando perderam terreno para os primeiros colocados]. Não que a gente pensou que fosse impossível passá-los, mas sabíamos que seria muito difícil recuperar. Até na Linha do Equador, a regata foi realmente dura e disputada entre os barcos que estavam na frente”, completa.

A Transat Jacques Vabre é a primeira regata importante para Paul após seu abandono precoce na última edição do Vendée Globe devido a uma avaria. Em 2015, quando a Rota do Café também chegava ao Brasil, em Itajaí (Santa Catarina), Paul também precisou abandonar a travessia por problemas técnicos a bordo.