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Brasil recebe maior regata em duplas do mundo pela oitava vez

Brasil recebe maior regata em duplas do mundo pela oitava vez

Transat Jacques Vabre 2019 larga neste domingo (27) com recorde de barcos rumo a Salvador (Bahia)

A largada da 14ª edição da regata Transat Jacques Vabre Normandie Le Havre será neste domingo (27), a partir de 8h (Horário de Brasília) com 59 barcos internacionais.

Os veleiros partem de Le Havre, na França, com destino a Salvador, na Bahia, em um percurso de 4.350 milhas náuticas ou 8 mil quilômetros pelo Atlântico.

O Brasil receberá pela oitava vez o evento, considerado o maior desafio de vela oceânica em duplas do mundo.

A Baía de Todos-os-Santos sediou as chegadas nos anos de 2001, 2003, 2005, 2007 e 2017. A catarinense Itajaí realizou a Transat Jacques Vabre nos anos de 2013 e 2015.

A edição 2019 bateu recorde de participantes com 59 barcos na linha de largada com 11 países: Alemanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, Irlanda, Itália , Japão, Reino Unido, Suíça e Turquia.

”O número de barcos é impressionate e esperamos uma regata forte tecnicamente”, explicou Gildas Gautier, diretor da competição.

A previsão de chegada dos primeiros barcos no Terminal Turístico Náutico da Bahia, que fica atrás do Mercado Modelo e Elevador Lacerda, está em 9 de novembro.

A Vila da Regata de Salvador (BA), com atrações gratuitas, será aberta ao público em 6 de novembro.

Em Le Havre, na França, sede oficial da regata, os fãs da vela oceânica lotam os píeres da Bacia de Paul Vatine para ver os veleiros e os expositores. Mais de 500 mil pessoas são esperadas no local em dez dias de evento.

As equipes também montam suas bases, numa espécie de paddock de regata. Os barcos na disputam são os mais modernos na vela oceânica, incluindo 29 IMOCAs, 27 Class40 e três Multi50.

Os melhores velejadores do mundo participam da competição, como os franceses Paul Milhat, Vicent Riou e Jeremie Beyou, o alemão Boris Herman, os britânicos Pip Hare, Sam Davies e Alex Thomson e o norte-americano Charlie Enright.

”Eu velejei para o Brasil outras duas vezes com a Ocean Race, mas em outra direção. A última vez não foi do jeito que gostaria com uma parada na Ilhas Falkland. Mas da primeira vez chegamos no pódio em Itajaí. Espero agora ser novamente bem recebido no País”, contou o norte-americano Charlie Enright.

Os primeiros dias de regata devem ser duros para os velejadores no Canal da Mancha, trecho entre a França e a Inglaterra.

O alto tráfego de embarcações e uma entrada de uma frente fria devem complicar a vida das duplas.

Há a previsão de ventos contrários e de forte intensidade até a chegada ao Atlântico.

”A regata é uma das mais longas e uma das únicas, como Vendée Globe, que desce para a linha do Equador. As condições não são fáceis, com ventos fortes e contrários no começo e calmaria na metade. A tendência é que eles demorem mais do que o previsto pra chegar”, ressaltou a francesa Sylvie Viant, diretora de prova.

”Além disso, os velejadores gostam de ir para o Brasil porque as condições são diferentes e quando eles chegam são bem recebidos em um país tropical. Os brasileiros são muito simpáticos e acolhedores”.

O Brasil não terá representantes após duas temporadas consecutivas com velejadores na Class40.

Em 2015, o campeão olímpico Eduardo Penido velejou a bordo do Zetra ao lado de Renato Araújo.

Em 2017, foi a vez do angolano radicado em São Paulo (SP) José Guilherme Caldas navegar ao lado do baiano Leonardo Chicourel rumo à Bahia no Mussulo 40 Team Angola Cables.

”Foi uma experiência inesquecível e espero poder participar outras vezes da regata. Chegar em casa depois de quase um mês de navegação foi uma das maiores emoções da minha carreira”, disse Leonardo Chicourel.

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